Sunday, November 30, 2008

O que pensam as québécoises dos homens brasileiros?


Antes de criar polêmica, quero deixar bem claro que essa foi a definição que ouvi de apenas duas pessoas aqui: uma brasileira que mora aqui há mais de 14 anos e me falou nos meus primeiros dias de Québec e de um quebecois com seus 30 anos de idade, que me falou ontem, depois de 5 meses aqui.
Fiz esta pergunta para os dois e a resposta foi idêntica: MACHISTA. Mas acredito que este rótulo não seja só para o brasileiro e sim para os latinos em geral.
Como meu amigo quebecois disse: "aqui elas tem alergia a machista".

Tuesday, November 25, 2008

Debate dos candidatos - Eleições do Quebec

Enquanto escrevo este post, estou vendo o debate dos candidatos ao cargo de Primeiro Ministro da Província do Quebéc, não estou muito por dentro das eleições aqui para ser sincero. Mas acredito que também haverá eleições para deputados.

O debate está ocorrendo na Capital Nacional do Québec. Nacional? Como assim, o Quebec não faz parte do Canadá? Sim, mas é assim que os quebecois chamam sua capital.

Os candidatos, na foto acima são: Jean Charest do Parido Liberal do Quebec; Pauline Marois do Partido Quebecois e Mario Dumont da Ação Democrática.

A candidata Pauline Marois, que se não me engano é deputada, do Partido Quebecois defende a separação do Québec do Canadá a tão sonhada "souveraineté du Québec"; o candidado Mario Dumont, acredito que é deputado também, foi infeliz no debate por fazer declarações que não tem nada haver.

De acordo com o atual primeiro Ministro e candidato a reeleição Jean Charest, Mario Dumont disse que é a favor de um sistema privado de saúde e que ir ao médico é a mesma coisa que ir a um reustaurante. Putz! Fala sério!

Debate de televisão é a mesma coisa seja aqui seja no Brasil, um troca-troca de acusações incrível. Logo nos primeiros minutos a Mme. Marois já veio dando uma voadora no atual Primeiro Ministro e candidato M. Charest, abriu o debate atacando.

O centro do debate foi a economia, óbvio e o sistema de saúde daqui que está ruim, mas ruim por não ter médico, enfeirmeiro e técnicos, não tem mão-de-obra qualificada para ocupar os postos de trabalho disponíveis. Jean Charest está no poder há 6 anos, acredito que ele poderia, neste tempo fazer um trabalho agressivo para atrair profissionais de saúde e melhorar isso aqui, infelizmente a saúde aqui é o calcanhar de aquiles do Québec. Imagine você esperar de 4 a 6horas e meia para ser atendido em uma emergência?

Foi um debate sem poucas propostas interessantes e que poderemos dizer que siginificarão muito para os quebecóis.

Atualmente Jean Charest está na frente das pesquisas; em seguida Mme. Pauline Marois em segundo e na lanterna M. Mario Dumont.

Saturday, November 22, 2008

Show me the money

É vamos ao que interessa, quanto ganha é média um trabalhador full-time no Canadá? Quem pode responder isso é o site de estudos estatísticos do governo: Statistics Canada - Canada National Statistical Agency (http://www.statcan.ca/start.html).

Para resumir, vi uma tabela interessante que mostra a evolução do salário médio ganho no Canadá e nas demais províncias e territórios. Os dados são antigos de 1980 e 2005, mas veja como é dinâmico. Veja a média salárial de trabalhadores full-time por ano entre as provincias.




Em 1980 (somente os quatro primeiros lugares).
Canadá - $41,348.00

1º) British Columbia - $ 47,605.00

2º) Alberta - $43,732.00

3º) Ontario - $41,395.00

4º) Quebec - $39,938.00

Em 2005 (somente os quatro primeiros lugares).
Canadá - $41,401.00

1º) Ontário - $44,748.00

2º) Alberta - $43,964.00

3º) British Columbia - $ 42,230.00

4º) Quebec - $ 37,722.00


Ou seja em 25 anos, comparando entre 1980 e 2005, a renda média em Ontário subiu 8.1% indo para o topo; Alberta teve um aumento pequeno de 0.53%, mas garantiu o segundo lugar; British Columbia teve um queda impressionante de -12.73% e foi para o terceiro lugar e a província de Quebec, com uma queda de -5.87% ficou em último lugar, mantendo a mesma posição entre essas quatro. E o nosso querido Canadá teve um aumento de 0.13% de aumento médio mensal na renda do trabalhor.
Para ver a tabela completa clique na figura abaixo.


Este estudo completo está no site da Agência Nacional de Estatística do Canadá, dentro do relatório: "Earnings and Incomes of Canadians Over the Past Quarter Century, 2006 Census" - Catalogue no. 97-563-X - Página: 14.

O legal do site de estatísticas do Canadá é que você pode consultar vários estudos, não só economicos, mas também dados sobre a violência nas províncias entre outras informações. Isso só foi uma minúscula amostra.

Thursday, November 20, 2008

Cinco meses de Canadá, cinco meses de Québec.



Hoje completo 5 meses de Canadá, dia 20 de Novembro. Esses cinco meses aqui já foram suficientes para aprender muita coisa e também para reavaliar muitas outras coisas também; aprende o que é a saudade na sua maior escala; aprende a olhar o que o país que você deixou tem de bom e com um gostinho de saudade das coisas boas; enfim uma série de coisas que você pensa, pensa, pensa e pensa. No fundo, tudo para mim está valendo a pena e cada dia que passa sei que é aqui que quero ficar, sim no Canadá este imenso país que quero conhecer mais e aprender mais com os povos que estão construindo este país, assim como eu, que agora faço parte desta economia e deste povo que ajuda a desenvolver mais e mais e que depois minha futura família também irá fazer parte de tudo isso que vivo agora. Sempre fico admirado como um país que tem tantas diferenças consegue ser tão prospero. E aqui não são filhos de japoneses; chineses; árabes; africanos; haitianos; brasileiros. Aqui são os próprios que assim como eu e como provavelmente você que lê, consegue viver em paz, a me respeitar e ainda assim a prosperar comigo. Não existe paraíso, mas existe o Canadá.

Wednesday, November 19, 2008

No Quebec pagamos mais impostos


É meus amigos de acordo com o site da empresa: LSM insurance, é na província de Québec que se paga mais imposto, veja no seguinte link: http://lsminsurance.ca/calculators/canada/income-tax, de acordo com o exemplo que fiz, uma pessoa que ganha 80.000,00$ por ano teria de pagamento de taxas o valor de $ 24.534,00$ aqui no Québec enquanto isso em províncias como Ontário: 20.062,00 e British Columbia: 18.870,00$.

Bom, o ranking das províncias e territórios de acordo com este site fica assim (do lugar que paga mais ao que paga menos):




  1. Québec


  2. New Brunswick


  3. Nova Scotia


  4. Prince Edward Island


  5. Manitoba


  6. Newfoundland and Labrador


  7. Saskatchewan


  8. Ontario


  9. Alberta


  10. Yukon (território)


  11. Northwest Territories (território)


  12. British Columbia


  13. Nunavut (território)

Thursday, November 13, 2008

Transporte público - Evolução do seu preço


Ontem no Métro, jornal distribuido aqui em Montreal gratuitamente a seguinte manchete: "Hausse de tarifs prévue en janvier à la STM". Isso quer dizer que a previsão será de 3% a 3,5%. De acordo com a "Société de transport de Montréal" (STM), esta alta é para compensar as perdas devido a alta do petróleo e está indexada ao nosso IPC (índice de preço ao consumidor) e ao ITP (índice de transporte público), chegaram a cogitar um aumento de 4,3% para 2009, mas isso seria um aumento astronomico para a realidade daqui, tendo envista que pelo que vi na internet a inflação no Québec é a menor das províncias. O preço do cartão regular que está hoje em $ 66,25 vai para $ 68,50.

A título de curiosidade veja a evolução do preço do transporte público, tarifa regular de 1999 até 2009:


  • 1999: 46 $

  • 2000: 47 $

  • 2001: 48,50 $

  • 2002: 50 $

  • Janvier 2003: 52 $

  • Julliet 2003: 54 $

  • 2004: 59 $

  • 2005: 61 $

  • 2006: 63 $

  • 2007: 65 $

  • 2008: 66,25 $

  • 2009: 68,50 $

Em dez anos foi uma evolução de 48,91% de alta.

Nota: Tarifa regular é a tarifa praticada normalmente para um cartão com validade para cada mês. Há também tarifas unitárias de 2,75 $; semanais e no qual você pode comprar 6 bilhetes com preço melhor do que unitário; tem tarifas especiais também para estudantes e idosos.

Friday, November 7, 2008

Banco para abrir conta e American Express

Estou em Montreal a quase 5 meses e qual melhor banco para abrir a conta? A resposta eu não sei, mas sei que o sistema

bancário daqui não tão prático como o nosso.

Bom, um recurso interessante aqui é o "e-mail money transfer" e os bancos que sei ter está ferramenta são:

Royal Bank of Canada
Canada Trust
Scotia Bank
Canadian Imperial Bank of Commerce
Bank of Montreal

Isso facilita muito na hora de transferir dinheiro para os correntistas de outros bancos e principalmente para enviardinheiro para o Brasil através da Brasil Remittance (http://www.brasilremittance.com). Algumas transações bancárias aqui são
um saco para fazer, isso pelo menos é o que eu escuto de amigos. Como uso o básico, tipo: sacar, verificar meu extrato e pagar as contas pela internet então ainda não passei por momentos ruins com os bancos aqui.

Quando eu cheguei aqui, com apenas duas semanas eu fui com todos os meus documentos e comprovante de residência no BMO

(Banco de Montreal), foi tudo muito prático e rápido. E sai de lá já com meu cartão de débito e tres folhas de cheque

avulso. No mais você terá que gastar um tempo aqui mesmo e vendo quais os serviços e tarifas lhe convém.

Por exemplo, se escolher um banco com poucos guiches automáticos (ATM), vai pagar $3.00 (dolares) por cada saque.

O BMO até o presente momento tem me atendido bem, faço meus saques e paco minhas contas pela internet.

American Express

Agora com relação ao American Express. Eles não transferem o Amex do Brasil para cá, mas ser cliente no Brasil ajuda, pois eles têm acesso ao seu dossiê do Brasil. Fiz a minha proposta pela internet e coloquei o número do meu Amex do Brasil. Tive que enviar um cheque de $1.00 para a Amex do Canadá, talvez para certificar que tenho conta-corrente aqui e depois de um mês eu acredito recebi meu cartão em casa.

Agora você deve se perguntar: Para que eu quero um American Express? Cada caso é um caso. O Visa e o Mastercard são muito mais aceitos que o Amex em qualquer lugar do mundo, aqui em Montreal, as grandes lojas com certeza aceitam.

Wednesday, November 5, 2008

Parabéns Obama, parabéns aos Estados Unidos da América e principalmente parabéns a DEMOCRACIA

Discurso completo do Senhor Presidente Barack Obama - JB Online
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/11/05/e051119778.html

CHICAGO - Leia na íntegra o discurso do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, ao celebrar a vitória nas eleições, de madrugada:
"Oi, Chicago. Se alguém ainda duvida que a América é um lugar onde tudo é possível, ainda pergunta se o sonho dos pioneiros ainda estão vivos em nossos tempos, ainda questiona o poder da nossa democracia, esta noite é sua resposta. É a resposta das filas que cercaram escolas e igrejas em números que essa nação nunca havia visto. Das pessoas que esperaram três horas e quatro horas, muitas pela primeira vez em suas vidas, porque acreditavam que desta vez precisava ser diferente, que as suas vozes podiam fazer diferença. É a resposta de jovens e idosos, ricos e pobres, democratas e republicanos, negros, brancos, hispânicos, asiáticos, índios, gays, heterossexuais, deficientes e não-deficientes. Americanos que enviaram uma mensagem ao mundo de que nós nunca fomos somente uma coleção de indivíduos ou uma coleção de Estados vermelhos e azuis. Nos somos, e sempre seremos, os Estados Unidos da América. É a resposta que recebeu aqueles que ouviram - por tanto tempo e de tantos- para serem cínicos, medrosos e hesitantes sobre o que poderiam realizar para que coloquem a mão no arco da história e torçam-no uma vez mais, na esperança de dias melhores.
Faz muito tempo, porém, nesta noite, por causa do que fizemos nesse dia de eleição, nesse momento decisivo, a mudança chegou à América. Um pouco mais cedo nesta noite, recebi um telefonema extraordinariamente gracioso do senador McCain. Ele lutou muito e por muito tempo nesta campanha. Ele lutou ainda mais e por ainda mais tempo por esse país que ele ama. Ele enfrentou sacrifícios pela América que a maioria de nós nem pode começar a imaginar. Nós estamos melhores graças ao serviços desse líder bravo e altruísta. Eu o parabenizo e parabenizo a governadora Palin por tudo que eles conquistaram. Eu estou ansioso por trabalhar com eles e renovar a promessa dessa nação nos próximos meses. Eu quero agradecer meu parceiro nessa jornada, um homem que fez campanha com o coração e que falou para os homens e mulheres com os quais cresceu, nas ruas de Scranton, e com os quais andou de trem a caminho de Delaware, o vice-presidente eleito dos EUA, Joe Biden.
E eu não estaria aqui nesta noite sem a compreensão e o incansável apoio da minha melhor amiga dos últimos 16 anos, a rocha da nossa família, o amor da minha vida, a próxima primeira-dama dessa nação, Michelle Obama. Sasha e Malia ñfilhas de Obamaí eu as amo mais do que vocês podem imaginar. E vocês mereceram o cachorrinho que irá morar conosco na nova Casa Branca. E, embora ela não esteja mais entre nós, eu sei que minha avó está assistindo, ao lado da família que construiu quem eu sou. Eu sinto falta deles nesta noite. Eu sei que minha dívida com eles está além de qualquer medida. Para minha irmã Maya, minha irmã Alma, todos os meus irmãos e irmãs, muito obrigado por todo o apoio que me deram. Sou grato a eles.
E agradeço ao meu coordenador de campanha, David Plouffe, o herói anônimo da campanha, que construiu o que há de melhor - a melhor campanha política, penso, da história dos EUA. Ao meu estrategista-chefe David Axelrod, que tem sido um companheiro em todos os passos do caminho. À melhor equipe de campanha reunida na história da política: você fizeram isso acontecer, e eu serei sempre grato pelo que vocês sacrificaram para conseguir.
Mas, acima de tudo, eu nunca esquecerei a quem essa vitória realmente pertence. Isso pertence a vocês. Isso pertence a vocês. Eu nunca fui o candidato favorito na disputa por esse cargo. Nós não começamos com muito dinheiro ou muitos endossos. Nossa campanha não nasceu nos corredores de Washington. Nasceu nos jardins de Des Moines, nas salas de Concord e nos portões de Charleston. Foi construída por homens e mulheres trabalhadores que cavaram as pequenas poupanças que tinham para dar US$ 5, US$ 10 e US$ 20 para essa causa.
A campanha cresceu com a força dos jovens que rejeitaram o mito de apatia da sua geração e deixaram suas casas e suas famílias por empregos que ofereciam baixo salário e menos sono. Ela tirou suas forças de pessoas não tão jovens assim que bravamente enfrentaram frio e calor para bater às portas de estranhos e dos milhões de americanos que se voluntariaram e se organizaram e provaram que, mais de dois séculos mais tarde, um governo do povo, pelo povo e para o povo não desapareceu da Terra. Essa é a nossa vitória. E eu sei que vocês não fizeram isso só para ganhar uma eleição. E eu sei que vocês não fizeram tudo isso por mim. Vocês fizeram isso porque entendem a grandiosidade da tarefa que temos pela frente.
Podemos comemorar nesta noite, mas entendemos que os desafios que virão amanhã serão os maiores de nossos tempos - duas guerras, um planeta em perigo, a pior crise financeira do século. Enquanto estamos aqui nesta noite, nós sabemos que há corajosos americanos acordando nos desertos do Iraque e nas montanhas do Afeganistão para arriscar suas vidas por nós. Há mães e pais que ficam acordados depois de os filhos terem dormido se perguntando como irão pagar suas hipotecas ou o médico ou poupar o suficiente para pagar a universidade de seus filhos. Há novas energias para explorar, novos empregos para criar, novas escolas para construir, ameaças para enfrentar e alianças para reparar.
O caminho será longo. Nossa subida será íngreme. Nós talvez não cheguemos lá em um ano ou mesmo em um mandato. Mas, América, nunca estive mais esperançoso do que chegaremos lá. Eu prometo a vocês que nós, como pessoas, chegaremos lá. Haverá atrasos e falsos inícios. Muitos não irão concordar com todas as decisões ou políticas que eu vou adotar como presidente. E nós sabemos que o governo não pode resolver todos os problemas. Mas eu sempre serei honesto com vocês sobre os desafios que enfrentar. Eu vou ouvir vocês, especialmente quando discordarmos. E, acima de tudo, eu vou pedir que vocês participem do trabalho de refazer esta nação, do jeito que tem sido feito na América há 221 anos -bloco por bloco, tijolo por tijolo, mão calejada por mão calejada.
O que começamos 21 meses atrás no inverno não pode terminar nesta noite de outono. Esta vitória, isolada, não é a mudança que buscamos. Ela é a única chance para fazermos essa diferença. E isso não vai acontecer se voltarmos ao modo como as coisas eram. Isso não pode ocorrer com vocês, sem um novo espírito de serviço, um novo espírito de sacrifício.
Então exijamos um novo espírito de patriotismo, de responsabilidade, com o qual cada um de nós irá levantar e trabalhar ainda mais e cuidar não apenas de nós mesmos mas também uns dos outros. Lembremos que, se essa crise financeira nos ensinou uma coisa, foi que não podemos ter uma próspera Wall Street enquanto a Main Street sofre. Nesse país, nós ascendemos ou caímos como uma nação, como um povo. Resistamos à tentação de voltar ao bipartidarismo, à mesquinhez e à imaturidade que envenenou nossa política por tanto tempo. Lembremos que foi um homem deste Estado que primeiro carregou a bandeira do Partido Republicano à Casa Branca, um partido fundado sobre valores de autoconfiança, liberdade individual e unidade nacional.
Esses são valores que todos compartilhamos.
E enquanto o Partido Democrata obteve uma grande vitória nesta noite, isso ocorre com uma medida de humildade e de determinação para curar as fissuras que têm impedido nosso progresso. Como o ex-presidente Abraham Lincoln (1861-1865) afirmou para uma nação muito mais dividida que a nossa, nós não somos inimigos, e sim amigos. A paixão pode ter se acirrado, mas não pode quebrar nossos laços de afeição. E àqueles americanos cujo apoio eu ainda terei que merecer, eu talvez não tenha ganho seu voto hoje, mas eu ouço suas vozes. E eu preciso de sua ajuda. Eu serei seu presidente também.
E a todos aqueles que nos assistem nesta noite, além das nossas fronteiras, de Parlamentos e palácios, àqueles que se reúnem ao redor de rádios, nas esquinas esquecidas do mundo, as nossas histórias são únicas, mas o nosso destino é partilhado, e uma nova aurora na liderança americana irá surgir.
Àqueles que destruiriam o nosso mundo: nós os derrotaremos. Àqueles que buscam paz e segurança: nós os apoiamos. E a todos que questionaram se o farol da América ainda ilumina tanto quanto antes: nesta noite nós provamos uma vez mais que a verdadeira força da nossa nação vem não da bravura das nossas armas ou o tamanho da nossa riqueza mas do poder duradouro de nossos ideais: democracia, liberdade, oportunidade e inabalável esperança.
Esse é o verdadeiro talento da América: a América pode mudar. Nossa união pode ser melhorada. O que já alcançamos nos dá esperança em relação ao que podemos e ao que devemos alcançar amanhã. Essa eleição teve muitos 'primeiros' e muitas histórias que serão contadas por gerações.
Mas há uma que está em minha mente nesta noite, sobre uma mulher que votou em Atlanta. Ela seria como muitos dos outros milhões que ficaram em fila para ter a voz ouvida nessa eleição não fosse por uma coisa: Ann Nixon Cooper tem 106 anos. Ela nasceu apenas uma geração após a escravidão; uma época na qual não havia carros nas vias nem aviões nos céus; quando uma pessoa como ela não podia votar por dois motivos - porque era mulher ou por causa da cor da sua pele. Nesta noite penso em tudo que ela viu neste seu século na América - as dores e as esperanças, o esforço e o progresso, a época em que diziam que não podíamos, e as pessoas que continuaram com o credo: Sim, nós podemos. Em um tempo no qual vozes de mulheres eram silenciadas e suas esperanças descartadas, ela viveu para vê-las se levantar e ir às urnas. Sim, nós podemos. Quando havia desespero nas tigelas empoeiradas e a depressão em toda parte, ela viu uma nação conquistar seu New Deal, novos empregos, um novo senso de comunidade. Sim, nós podemos. Quando bombas caíam em nossos portos e a tirania ameaçava o mundo, ela estava lá para testemunhar uma geração chegar à grandeza, e a democracia foi salva. Sim, nós podemos. Ela estava lá para ver os ônibus em Montgomery, as mangueiras em Birmingham, a ponte em Selma e um pregador de Atlanta que disse 'Nós Devemos Superar'.
Sim, nós podemos. Um homem chegou à Lua, um muro caiu em Berlim, um mundo foi conectado por nossa ciência e imaginação. Neste ano, nesta eleição, ela tocou o dedo em uma tela e registrou o seu voto porque, após 106 anos na América, através dos melhores e dos mais escuros dos tempos, ela sabe que a América pode mudar. Sim, nós podemos. América, nós chegamos tão longe. Nós vimos tanto. Mas há tantas coisas mais para serem feitas.
Então, nesta noite, devemos nos perguntar: se nossas crianças viverem até o próximo século, se minhas filhas tiverem sorte suficiente para viver tanto quanto Ann Nixon Cooper, quais mudanças elas irão ver? Quanto progresso teremos feito? É nossa chance de responder a esse chamado. É o nosso momento. Esse é nosso momento de devolver as pessoas ao trabalho e abrir portas de oportunidade para nossas crianças; de restaurar a prosperidade e promover a paz; de retomar o sonho americano e reafirmar a verdade fundamental de que, entre tantos, nós somos um; que, enquanto respirarmos, nós temos esperança. E onde estamos vai de encontro ao cinismo, às dúvidas e àqueles que dizem que não podemos. Nós responderemos com o brado atemporal que resume o espírito de um povo: 'Sim, nós podemos'.
Obrigado. Deus os abençoe. E Deus abençoe os Estados Unidos da América".

Sunday, November 2, 2008

Les Deux Pierrots

Estou para escrever este post há um tempo, no dia 17 de Outubro fui com alguns brasileiros no bar "Les Deux Pierrots" que fica no Vieux Port, um bar ao estilo de um cabaré frances e muito bom para ir para quem curte banda ao vivo tocando grandes clássicos do rock e inclusive músicas da cultura quebecois. Você tem um grupo e nos intervalos tem outro músico, que toca os clássicos do Québec, eu gostei muito e o povo que vai é muitíssimo animado.
Tenho visto que o povo do Quebec, o quebecois mesmo, de Montreal é um povo muito brincalhão .

Eu indico o Les Deux Pierrots. Há muitos vídeos deste bar no YouTube.
Veja um clássico do folclore quebecois no vídeo abaixo:


Veja mais informações sobre o bar no site deles: http://www.lespierrots.com/

Outro grande clássico

Saturday, November 1, 2008

Carência de enfermeiras e auxiliares e suas consequencias


Eu não poderia escrever este post senão fosse o jornal: "Le Journal de Montral". No dia 29 de Outubro de 2008, as páginas 2 a 5 relatam a carência de mão-de-obra na área de saúde relacionada a falta de enfermeiros e auxiliares nos hospitais do Québec.
Para vocês terem uma noção de acordo com a matéria há uma carência de 2.000 enfermeiros atualmente e em 2010 esse número chegará a 4.500. O valor hora de um auxiliar de enfermagem no Québec chega a $23,50 e de um enfermeiro(a) $31,26 por hora.
Como os hospitais estão lidando com isso? Simples, criando programas de horas suplementares obrigatórias e voluntárias e isso pode acarretar no erro ao lidar com os pacientes, algo muito sério, pois estes profissionais estão lidando com vidas. A reportagem informa que é de 22% o número de erros, entre os enfermeiros que fazem horas suplementares ao aplicar os medicamentos aos seus pacientes e os que não fazem chega a 14%, não vejo muita diferença, mas talvez devido ao stress dentro do ambiente de trabalho isso possa acontecer também.
Em compensação, há um processo longo para os novos imigrantes da área de saúde validarem seus diplomas aqui, porque não pensar em uma forma mais ágil, segura e inteligente de validar o profissional para acelerar seu trabalho em uma área de tamanha importância?