Tuesday, November 16, 2010

Morreu após 6 horas de espera na emergência


Uma senhora de 78 anos, Therese de Repentigny, após 6 horas aguardando atendimento em uma emergência no Hospital St-Luc venho a falecer sem atendimento médico.

A senhora, de uma família da cidade de Point St-Charles estava reclamando de dores e pela meia-noite, uma funcionária do hospital iria fazer um exame de sangue e ultrasom, mas disse que precisaria ir ao banheiro antes. Nisso a senhora começou a passar mal dizendo a filha que não estava se sentindo bem, foi quando ela caiu e a filha começou a gritar pedido ajuda.

Para mostrar a insensibilidade dos funcionários do hospital, deixaram a vítima sozinha em um quarto e nem chegaram a informar que a senhora havia morrido à filha, somente perguntaram se a filha sabia o ultimo pedido da mãe, foi então que ela pensou que a mãe teria morrido mas não acreditou, indo ao quarto para ver a mãe, deu um beijo nela e sentiu que ela estava fria, foi ai que caiu a ficha.

Ninguém do hospital quis se pronunciar sobre o ocorrido e um funcionário disse que a senhora foi atendida na medida do possível e a super lotação dificulta na qualidade de atendimento.

A única coisa que tenho a dizer sobre isso é que pode acontecer com qualquer pessoa que precise de verdade de um hospital aqui no Québec, não sei se em outras províncias a saúde está tão ruim assim. Que primeiro mundo é esse? A saúde aqui na província não está nada bem, saímos do Brasil com medo da violência e aqui não sabemos o que nos espera quando precisamos de uma emergência hospitalar.
Que esta senhora descance em paz e que Deus tenha acolhido ela e trânquilize a amenize o sentimendo de perda desta família e que providências sejam tomadas. Quantas pessoas mais devem morrer aqui no Quebec para que algo seja mudado?

6 comments:

  1. Ótimo tema, parabéns!
    Pior é que ela nao é a primeira.
    Assim como no Brasil as pessoas ja nao se importam mais com noticias de vitimas de violencia, aqui a populacao parece anestesiada quando se noticia mais uma vitima de descaso, como esse.
    Essa estória de super lotaçao é uma balela que me dá muito nos nervos.
    Todo hospital costuma ter muita gente, nao consigo imaginar um lugar no mundo em que nao tenha muita gente no hospital. Sempre muito mais por mal dimensionamento administrativo do que realmente por grande quantidade de doentes, pois nao é a todo momento que sem tem epidemias.
    Só que isso em países subdesenvolvidos é uma coisa, aqui isso é incoerente e inaceitável essa situaçao.
    Já vivi na pele mais de uma vez o descaso nos hospitais daqui.
    A última vez tinham no máximo 10 pessoas a serem atendidas. Os 2 médicos de plantao sumiram das 20 as 22 (horário de janta??), e mesmo depois de voltarem nao retomaram o atendimento. Depois de 8 horas esperando sem nenhum previsao de atendimento, desisti, fui pra casa e encomendei os remedios do BR pelo correio. Infelizmente me vejo obrigada a praticar aqui a mesma auto-medicaçao que eu achava absurda no Brasil. Afinal, cada um sabe onde dói, nesse caso literalmente.
    O que consegue dar ainda mais raiva é relatar essas coisas e ainda ouvir "é ruim, mas no Brasil ainda é bem pior" (Será?? Fica lá na fila com dor pra ver se nao muda de conceito rapidinho!) ou ainda "se nao tá satisfeita, volta!" (essa sem comentários!).

    Abraços
    Erika

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  2. Morro de medo!!! Que Deus ajude para que eles tenham consciência do que NãO estão fazendo nessa área por todos nós cidadãos pagantes de impostos e ainda;''fugitivos''da violência e do descaso brasileiro.

    Boa semana pra vc!

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  3. Nao tem como juntar o melhor dos dois mundos.
    Nao se pode ter empregada domestica/diarista, baba e cozinheira.
    Nao se pode ter segurança e uma situaçao de mais igualdade. Saude e atendimento de "qualidade" sao incompativeis com igualdade social.
    Desigualdade social é incompativel com segurança.
    Outras provincias Canadenses e os EUA tem uma saude complicada também

    Silvestre_

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  4. Esse é um assunto que me dá muito medo.
    abraço,
    diariocanadabrasil.blogspot.com

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  5. Que horror !! a gente achando que isso só acontecia aqui no Brasil...em países de primeiro mundo também acontece.
    Aí é tão comum acontecer isso, quanto aqui ?
    era um hospital público ou particular ??

    obrigado por seguir o meu blog !

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  6. Muito boa a reportagem. Pena que poucos blogueiros divulguem aspectos reais do Canadá e de Montreal, preferindo- sabe-se lá porquê razões - perpetuar fantasias sobre o lugar. Lembro de ter visto recentemente um blog no qual a pessoa dizia não existir pedintes em Montreal (!!!) Hello?! Montreal é cheio de pedintes, drogados de rua e 'limpadores' de carros nos semáfaros, especialmente na parte francesa. Outra coisa, no Brasil nunca fui furtada, aqui roubaram minha carteira na faculdade de direito da McGill. A questão da saúde, como bem demonstra o artigo, também é preocupante. Fora o preconceito velado que existe em relação aos imigrantes, por mais qualificados que esses sejam. Enfim, o Canadá, assim como qualquer país, está longe de ser um paraíso na terra.

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