Depois de algum tempo sem escrever e tentando encontrar um caminho para esse blog hoje vou escrever um pouco sobre como eu consegui sair do Brasil de forma legal e conseguir meu espaço no exterior.
Eu nasci em uma família muito simples e minha avó sempre foi uma mulher trabalhadeira (sim essa forma é correta, depois de discutir com minha amada noiva), mas tivemos momentos difíceis no Brasil. Eu nasci em Duque de Caxias, na baixada fluminense no Rio de Janeiro, mas como minha avó sempre diz: "Você veio morar comigo com sete dias de nascido" no bairro do Grajaú, na cidade do Rio de Janeiro. Lá no Grajaú tivemos momentos de altos e baixos e acho que mais baixos que altos. Estudei em uma escola particular até que a partir da primeira série eu fui para escola pública e estudando em escola pública fiquei até terminar o antigo ginásio ou atual ensino fundamental. Nesse tempo eu já fui de auxiliar de serviços gerais no Grajaú Country Clube; entregador de quantinhas em Botafogo para ter alguma grana para comprar coisas básicas que eu precisasse.
Comecei a trabalhar com 15 anos de idade, pois fiquei revoltado por não ter dinheiro para ir ao show dos Mamonas Assassinas no Arpoador que era de graça. Não tinha dinheiro da passagem do ônibus.
Quando terminei o ensino fundamental fui para a Fundação Brasdesco e estudei o curso técnico de Processamento de Dados e foi a partir desse curso técnico que minha vida começou a mudar. No início do curso cheguei a trabalhar como segurança de uma famosa boite no Shopping Rio Sul, em Botafogo no Rio e depois saí e comecei a fazer estágios.
Fiz estágio no antigo Banerj, que foi comprado pelo Itaú; Banco do Brasil; Arsenal da Marinha do Brasil e depois comecei a trabalhar de fato. Já fui diagramador em uma gráfica do pai de uma grande amiga que estudou comigo na Fundação; trabalhei na Embratel como consultor; depois com meus vinte e poucos anos me tornei desenvolvedor de sistemas de uma empresa de consultoria de informática para sistemas de supermercados no Rio de Janeiro e me tornei amigo dos donos da empresa, pessoas que tenho uma grande admiração e carinho até hoje.
Cheguei a ser depois funcionário concursado do Banco do Brasil, mas ganhava muito mal na época, em 2000, quando o salário de escriturário era de R$ 930,00 aproximadamente. Saí e voltei para a empresa de consultoria de sistemas para supermercados.
Muitas coisas aconteceram na minha e desde novo sempre quis morar fora do Brasil, algo que sempre me acompanhou apesar de por um tempo isso ter adormecido e foi quando em 2006 que eu resolvi aplicar para o processo de imigração para o Quebec. Só tinha um detalhe eu tinha que aprender frânces. Fiz algumas aulas com a professora Dila (http://dilaaulasdefrances.blogspot.fr/). Estudei francês e fiz uma imersão no idioma, minha casa eu só via programas em frânces na TV5; ouvia rádios do Canadá em frânces pela internet e lia também.
E finalmente em 2008 eu fui para Montreal, morei lá por aproximadamente sete anos e cheguei a voltar para o Brasil em 2015 para ser sócio da empresa de consultoria em supermercados no Rio, mas acabei voltando para França por não me sentir seguro no Rio. Sim já pensei em voltar alguams vezes para o Rio, mas o medo da violência me faz ficar por aqui mesmo. Como eu vi em um vídeo no YouTube, no canal do Mundo Segundo os Brasileiros: "É melhor morrer de saudades do Brasil do que morrer de um tiro de bala perdida no Rio."
Hoje graças a Deus, para quem não tinha dinheiro da passagem de ônibus para assistir a um show na praia do Arpoador de graça posso ir para qualquer lugar do mundo.
Sim mas isso tem um preço a pagar. Ficar longe das pessoas que amamos; amigos e morar fora você nunca vai se sentir na sua casa, pelo menos me sinto assim. Sim, apesar de tudo tenho muitas saudades do Brasil, pois é minha casa. Mas acho que por agora ainda fico por aqui.
Em resumo, apesar de não ter tido dinheiro, ter estudado em escola pública; estudei na Fundação Bradesco e depois fiz um curso tecnólogo em informática no Centro Universitário da Cidade e junto a muita determinação e estudo consegui mudar minha realidade. Não tinha família para pagar cursinho de inglês ou frânces para mim; tive que trabalhar desde cedo e aprender a me virar com o que tinha e nem por isso me deixei dominar pela minha realidade.
Fui a luta e conquistei meu sonho. E desejo que você que leu até aqui também não se deixe vencer por dificuldades não importa quais elas são. Sempre há uma maneira de conseguir o que verdadeiramente queremos.
Sucesso a você e que busque realisar seus sonhos mesmo que pessoas tentem te desanimar com palavras negativa e que você não vai conseguir. Eu mesmo ouvi muito e hoje estou aqui.
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